Como aprender a aprender: 7 dicas para melhorar seu aprendizado

Aprender. Algo que podemos (e devemos!) fazer a todo momento, mas que ainda pode trazer algumas dúvidas para muitas pessoas. Mais uma vez, o sistema tradicional de ensino falhou por nunca […]
24 jul, 2020
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Aprender. Algo que podemos (e devemos!) fazer a todo momento, mas que ainda pode trazer algumas dúvidas para muitas pessoas. Mais uma vez, o sistema tradicional de ensino falhou por nunca ter nos ensinado como aprender.  

E essa é uma resposta muito importante e que transforma completamente a nossa maneira de aprender. Afinal, como aprender a aprender? 

Ao entender como é possível fazer isso, nós podemos fazer escolhas. E essas escolhas nos mais diferentes âmbitos podem alavancar a nossa performance e nos proporcionar mais liberdade e protagonismo. 

Se você quer melhorar sua performance e render mais em seus aprendizados, seja ao longo de um curso, lendo um livro, participando de uma reunião ou de alguma outra maneira, continue com a gente. Nós preparamos 7 dicas práticas que vão potencializar o seu aprendizado.

Por que é importante aprender a aprender?

No livro “Educação corporativa: fundamentos, evolução e implantação de projetos’, os autores apontam que o conhecimento torna-se obsoleto a cada cinco anos. Isso significa que, a cada ano, 20% do conhecimento é renovado.  

Tudo muda em uma velocidade muito rápida. Claro que existem conhecimentos que não passam por tantas transformações, como a área da matemática e a matéria de cálculo, por exemplo. Entretanto, os profissionais de engenharias que estudam cálculo na faculdade precisam aprender constantemente sobre as novas ferramentas e técnicas utilizadas, que se atualizam rapidamente. 

Isso demonstra a necessidade de aprender o tempo todo.

É o conceito de lifelong learning, ou seja, que aprender não se restringe apenas à educação formal, e que o aprendizado deve ser um processo constante e sem um “ponto de chegada”.

Um reflexo disso é que grandes empresas estão exigindo cada vez menos diplomas, considerando outros critérios na hora de selecionar candidatos em processos seletivos, como as habilidades mais relevantes para aquela posição.

Afinal, elas partem do pressuposto de que os colaboradores podem desenvolver novas competências em um processo constante de aprendizado.

Como economizar tempo e otimizar o aprendizado?

Para entender como otimizar o aprendizado, é importante entender quais são as principais práticas que o prejudicam. A lista é longa, mas vale a pena conferir para evitá-los ao máximo:

  • deixar para aprender no dia anterior de uma prova, por exemplo;
  • acreditar no ditado “eu pego rápido”, afinal, isso te impede de dedicar-se como deveria; 
  • falta de conteúdo de qualidade;  
  • infoxicação, ou seja, excesso de informações, o que dificulta a escolha da fonte de conteúdo mais confiável; 
  • falta de tempo; 
  • procrastinação; 
  • multitasking; 
  • falta de disciplina.

Diante desses principais motivos, o pesquisador e educador norte-americano Edgar Dale desenvolveu o cone da aprendizagem, mostrando como os adultos podem aprender.

Segundo esse estudo, os adultos aprendem mais e melhor especialmente quando discutem com os outras pessoas (aprendemos 70%), quando fazem (aprendemos 80%) e quando ensinam aos outros (aprendemos 95%).

Outro ponto importante para aprender a aprender é a compreensão de que existe uma diferença entre conhecimento e aprendizado. Enquanto o conhecimento é ter acesso a uma informação, o aprendizado é colocar a informação em prática. 

Mas o que é melhor? Conhecimento ou aprendizado?

Saber e não fazer ainda é não saber. Por isso, é importante que conhecimento e aprendizado caminhem juntos. Existem algumas práticas que precisam de um conhecimento teórico prévio, assim como é importante colocar a mão na massa. O aprendizado real e aprofundado é aquele que tem um alto nível dos dois pontos.

Dicas práticas para desenvolver o conhecimento e o aprendizado 

1. Técnica Feymann 

Essa metodologia foi desenvolvida por Richard Feymann, um físico ganhador do prêmio Nobel. O processo passa por 4 etapas:

  • Escolher um conceito e escrever todos os pontos e aspectos que você sabe sobre ele.
  • Explicá-lo em voz alta, como se estivesse ensinando o tema para uma pessoa que desconhece o assunto ou mesmo para uma criança.
  • Entender quais pontos ainda não estão tão claros para aperfeiçoar a explicação
  • Corrigir, rever e simplificar a explicação 

Essa técnica pode ser aplicada em diferentes contextos, desde cursos, livros e mesmo reuniões em que serão abordados conceitos específicos. Além disso, ela pode ser repetida diversas vezes até que você sinta segurança com o tema.

2. Flash cards

Os flash cards são utilizados para a prática de memorização. Em um papel no formato de um cartão, você escreve o conceito de um lado e a sua explicação do outro. 

Ao embaralhar os cartões e selecionar um deles, o objetivo é lembrar da explicação daquele conceito. Caso você não lembre, basta virar o cartão, reler e memorizar o conceito dessa maneira.

3. Papel e caneta

Se ao acompanhar aulas e reuniões você opta por fazer suas anotações no computador ou celular, tente substituir esse hábito por um papel e uma caneta. Existem vários estudos que ressaltam a importância do papel e caneta no processo de aprendizagem.

Existem várias explicações para isso. Entre elas, podemos destacar que mais capacidades motoras são exigidas quando você escreve no papel, diferentes áreas do cérebro são estimuladas, você precisa de mais concentração e ainda reduz as possibilidades de perda de atenção

Um estudo da Universidade de Indiana mostrou que 67% das pessoas checam seus celulares procurando mensagens, mesmo quando o celular não toca e não vibra. Ao usar papel e a caneta, você fica menos exposto a esse tipo de estímulo e consegue se concentrar mais no ato de aprender.

4. Biohacking

Existem dois modos de pensamento: o focado, que é aquele em que as tarefas são realizadas de maneira automática; e o difuso, no qual estamos descobrindo e explorando algo novo.

Muitas vezes, nós trabalhamos e estudamos apenas no modo focado. Mas o nosso cérebro também precisa do modo difuso. Para incentivar isso, é possível adotar o biohacking

O biohacking é uma técnica de “hackear” os seus níveis de energia para conseguir elevá-la. Muitos estudos sobre o tema mostram a importância da combinação entre três fatores para alcançar isso: sono, exercício físico e alimentação.

5. Comece pelo mais difícil

Ainda como uma prática para estimular o pensamento difuso, a dica é realizar as tarefas mais difíceis já no início do dia. Como o seu corpo e a sua mente estão descansados na manhã, você tem mais potencial mental para executar as tarefas mais complexas. 

No livro Eat That Frog, de Brian Tracy, o autor traz estratégias que ajudam a priorizar tarefas e pontua a importância de começar o dia com a tarefa mais complexa e difícil, o que contribui para a sua produtividade.

6. Não faça multitasking

Multitasking é o hábito de fazer várias coisas ao mesmo tempo. As pessoas que afirmam que conseguem fazer mais de uma tarefa simultaneamente, na verdade, apenas conseguem distribuir a atenção entre várias atividades, ou seja, é uma alternação de tarefas. 

Para não fazer multitasking, a dica é adotar o método ABC: você vai realizar a atividade A, e apenas quando finalizá-la você pode partir para a atividade B e assim por diante.

7. Mantenha a consistência

Todas as pessoas têm potencial mental para o aprendizado. Mesmo que alguns fatores influenciem o grau desse potencial, todos podem aprender diariamente. 

Um ponto importante é que o potencial mental não é “acumulativo”, ou seja, se você não o utilizou hoje, você não terá duas vezes o potencial amanhã

Por isso, é importante manter a consistência e, diariamente, utilizar todo o seu potencial mental, criando uma rotina de aprendizado.  

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